sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Lá estou eu em mais uma mesa com risos pela metade. Olho pro lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de algum amor verdadeiro que durou um segundo...
Meus amigos me adoram. Mas será que eles sabem que se eu estou morrendo de rir agora, mas daqui a pouco vou morrer de chorar? E isso 24 horas. E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor.
Odeio todos os amores baratos, curtos e não amores que eu inventei só para pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor.
Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói, e eu sigo inventando personagens.
Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dói admitir isso.
Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade.
É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso é sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida até acreditar.
E aí eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, já dormi.
(Tati Bernardi)

4 comentários:

  1. Acho que agora você me complicou! Talvez eu não entenda... quando eu escrevo, não é assim como você, mas já tive momentos tristes e ainda tenho!
    você tem orkut ou msn? é que conversar por aqui é meio dificil! hehehe
    Mas parabéns mais uma vez pelo texto! Gostei bastante!

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  2. Tenho sim, msn ( thaisthaisbjs@hot...)
    Obrigada novamente, tento ser boa no que faço.

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  3. Tati sempre maravilhosa, falando por nós. beijos

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