segunda-feira, 29 de novembro de 2010

¿Es amor?

E respondendo a sua difícil pergunta; Eu não sei se é amor. Não sei mesmo. E talvez eu nem queira saber.
Para falar a verdade, eu nem sei o que é amor pra lhe falar se é isso que eu sinto. Mas eu sinto, e disso eu tenho certeza.
Sabe, as vezes eu tenho vontade de arrancar minha cabeça fora, e com ela, arrancar você de dentro de mim, sem ao menos saber onde te guardo.
Talvez assim fosse mais fácil. E menos doloroso também.
Mais um dúvida: porque nos livros infantis não escrevem que o amor machuca?
Machuca, ilude, faz até chorar.
Não é tudo tão perfeito. Não pra mim. Não ainda.
Talvez, se falassem a verdade sobre o amor nos livros infantis, as crianças cresceriam, pelo menos sabendo que o amor não faz só bem. E não se iludiriam tanto com essa pequena palavra.
Minha mãe lia para mim livros infantis que falavam de amor. Eu sempre gostei muito deles.
Uma palavra tão pequena e simples, e que me faz pensar tanto. Não sei o que é esse tão falado e desejado amor. E também não sei o que estou sentindo.
Queria que o que sinto bastasse para te manter sempre comigo. Como nas histórias que minha mãe lia pra mim, onde o príncipe encantado, nunca deixava a princesa, e eles sempre tinham um final feliz, na verdade não só um final, uma história inteira, só para eles.
Feliz para sempre. Juntos para sempre.
Isso é amor para você?
Isso basta para você?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Extraña sensacion, podria ser amor...


Percebi o quanto tu tinhas te tornado importante, no momento em que senti vontade de escrever sobre ti, e sobre a falta que tu fazias, não estando aqui ao meu lado.
Ninguém sabia o quanto isso era perigoso. Pensar só em ti. Falar sobre ti. E principalmente escrever sobre ti. Era perigoso demais, e doloroso demais.
A dor, eu sempre aguentei, e continuaria aguentando. Se não fosse essa tal esperança, que chegou, e vinha acabando comigo de uns dias pra cá. Esperança de te ter aqui, comigo, algum dia.
Todo mundo sempre me disse que era bom ter esperança. Mas no meu caso, eu não tinha esperança, eu dependia dela. Era ela que me fazia acordar de manhã, e aguentar até a noitinha pra poder falar contigo. Ela que me fazia acreditar que um dia, num fim de tarde desses, com o céu rosado, quando eu estivesse dobrando a esquina, tu também estarias lá, e nunca mais irias embora.
Essa esperança, essa fé enorme, que não me deixava desistir de ti, andava me irritando ultimamente.
Passei a acreditar que essa não fosse a melhor opção a seguir, pois seria muito improvável te ter, em um fim de tarde, ou em qualquer outra hora do dia. Não, isso não podia tomar conta de mim.
Me irritar por uma coisa que me fazia bem, que me dava forças ao levantar e enfrentar o dia esperando a noite chegar? Não, isso definitivamente não.
Afastei a irritação, e os pensamentos ruins a teu respeito. Continuei a pensar, falar e agora escrever sobre ti. Talvez a esperança tenha voltado com uma força ainda maior.
Passei a me questionar, depois das nossas longas conversas, o que você tinha de especial pra me deixar de tal maneira. Não obtive resposta alguma. Apenas sabia que era bom, uma sensação boa, mesmo com a distância e as paredes entre nós.
Então, passei a pensar mais em ti, e conversar comigo mesma na frente do espelho, e quando não tinha mais o que falar, só olhava através do espelho, fitando a porta, que estava em minhas costas, esperando que tu apareces um dia, num final de tarde, e me envolvesse em teus braços... fazendo eu me sentir a mulher mais feliz do mundo.
Mesmo que fosse só naquele momento.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

El camino


Milhas e milhas, com o vento batendo no rosto. Dentre muros, mato e curvas, continuo viajando.
Da janela direita, do banco do carona do carro, meus olhos fitam a paisagem, tentando não perceber o que se passa ao seu redor. E não adianta, vejo tudo, com os mínimos detalhes.
O carro anda a exatamente 100 km por hora.
No rádio, toca alguma música qualquer; que fala de um amor perdido e alguns corações partidos. Nada mais normal.
E tudo segue seu curso normalmente.
Penso várias vezes em pedir para o motorista parar, e descer por aqui mesmo.
Tudo ao meu redor é tão colorido, tão bonito, tão real.
Peço coragem aos céus, e continuo. Calada. Amontoada em um canto, com o rosto colado as vidro, agora fechado; pois o vento, forte e gelado, estava me congelando. E de congelado, já bastava o meu coração.
Tentei projetar toda a minha atenção à próxima música que iria tocar naquela estão qualquer do rádio. Nos primeiros minutos, já percebo que a canção é boa, agradável. Nos minutos seguintes , logo após o refrão, algo do lado de fora da janela me chama a atenção. Não era algo que se via todos os dias, jogado por aí. Era mais brilhante, bonito, e real do que nos meus sonhos, e me encantava muito mais do que o imaginado.
Aquela coisa pequena, redondinha, e que chamava à atenção de quem olhava com cuidado, era o que estava faltando no peito de muita gente nos últimos anos.
Eu, mais do que depressa, cotuquei o motorista, que abaixou o volume do rádio e pediu baixinho: - O que queres tu, menina?
Eu, com um pouco de medo, pedi, com firmeza : Podes me deixar aqui, por favor?
Ele, meio receoso, respondeu-me: - Se é o que queres, pode descer. Boa sorte, menina.
Agradeci, constrangida, e deixei com ele o meu melhor sorriso.
Desci do carro, e fui atrás do que, depois de muito tempo, havia me chamado à atenção.
Não era a primeira vez que eu pararia no meio do caminho, sem chegar ao destino final.
Mas era a primeira vez que eu sabia que isso era o certo à fazer.
E corri, ao encontro do amor.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Soledad


E as músicas, continuam tocando. Mas não ouço mais refrões que falem sobre nós dois.
Agora, pra mim, as canções não falam mais nada. Não conseguem me arrancar se quer um esboço de sorriso, como antes. Antes, as canções me faziam rir sozinha, como uma criança com brinquedo novo.
As canções, ou você ?
Não quero mais saber as respostas para as minhas perguntas idiotas. É mais fácil elas terminarem com um ponto de interrogação do que com um ponto final. É menos doloroso, pelo menos para mim.
Chegou a hora de admitir ; estou sozinha, e oficialmente sempre estive. Mas nunca gostei de admitir isso à minha cabeça, e muito menos ao meu coração.
Agora, as únicas coisas que me fazer realmente companhia, são o sol lá fora; que aquece minhas extremidades, e as músicas; que apesar de só falarem frases sem sentido, são, por enquanto, uma boa companhia para meus ouvidos não lembrarem o que você disse a eles.
Eu só queria que as canções, que agora tocam, fizessem sentido para mim.
Talvez, quando eu conseguir me levantar daqui, para mudar a estação de rádio, e tirar você de dentro de mim, de uma vez por todas; as canções façam sentido novamente.
Mas eu não quero mais esse sentido. O mesmo sentido. O seu sentido.
Quero que as canções e refrões me digam algo novo, algo verdadeiro, e principalmente algo que me faça sorrir feito criança novamente.
Porque com essa tal solidão, eu até já me acostumei.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mejores días


Como se existisse um comprimido, para limpar minha alma, e tirar você da minha cabeça. E eu já o estivesse tomando por bastante tempo, e ainda não sentira diferença alguma.
Amanhã, quem sabe, todos os comprimidos que tomo agora, façam efeito, e eu acorde sem lembrar da sua infame existência.
Amanhã, quem sabe, porque os doze comprimidos de ontem a noite não funcionaram.
Amanhã, quem sabe, eu acorde na mesma hora de sempre, com o mesma desânimo de sempre, e faça alguma coisa para melhorar isso tudo. Para limpar minha feridas, pra ver se elas cicatrizam mais rápido e de uma vez por todas.
E amanhã, quem sabe, eu aproveite esse sol para passar na farmácia e trocar essa bosta de remédio. Preciso de uma dosagem mais alta, ou algum outro remédio mais forte; porque esse remédio não me fez esquecer você.
A única coisa que ele me fez esquecer foi onde deixei a minha paz.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...


A música começa a tocar. Seu rosto, pouco a pouco, fica mais molhado. Repleto de meias lágrimas, que escorrem por seus olhos, percorrendo suas bochechas rosadas, e chegando enfim à sua boca, que consome levemente todas aquelas metades de algo que nunca existiu.
Lágrimas que não doem quando escorrem por seu rosto, ou quando são tomadas por sua boca, doem quando seu coração percebe o porque elas estão caindo tão frequentemente.
E o motivo é sempre o mesmo.
Maldita solidão.
Nos últimos dias ela anda me consumindo. Cada vez mais.
Daqui a pouco restará só o meu pó.
E quando essa hora chegar, por favor, me deixe escorrer pelos seus dedos, grande e finos, como pequeninos grãos de areia.
Me deixe voar. Me deixe ir embora de uma vez por todas. E para sempre.
Como as folhas, no outono, que caem, e vão se arrastando pelo chão, e dançando conforme o vento, involuntariamente.
Me desculpe, só preciso ir embora.