terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tú-tú-tú

Nem vem, foi tu quem pediu. E eu desliguei, desliguei mesmo, na tua cara. Lembro que fiquei alguns segundos ouvindo ao fundo só um “tú-tú-tú” e querendo que tu interrompesse esse barulho chato e incessante e dissesse “Ei, eu ainda tô aqui, eu sabia que tu não queria desligar nem brigar nem.. eu sabia que tu não queria que fosse, eu te conheço, lembra? Por isso eu voltei, porque eu te conheço e eu te adoro, minha bela”, mas não foi assim, infelizmente.

Sabe.. eu ainda lembro que tu prefere pringles do que doritos. Eu lembro de tudo.
Admito, mesmo com medo e sem saber ao certo o que sinto; eu te preciso, me dizendo que vai ficar tudo bem, de novo.
Até a minha criatividade pra escrever sumiu, pensa só no estrago que alguns telefonemas fizeram.
Mas meu Deus, porque esse telefone não toca de uma vez, de novo e de novo, e numa dessas ligações não é tu dizendo “Sai, tô na porta da tua casa, bela, eu te adoro, desce, vem me ver e me tocar e me abraçar e ver que tudo que tu sempre quis, a peça que encaixa, é realmente real. Eu tô aqui, vem!”
Juro que ainda espero que isso aconteça, tenho fé, me entende?
Porque sabe.. eu te abraçaria tão forte comum nenhum ser vivo, algum dia, faria.
E não soltaria mais. Nunca mais.

Liga?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

... os desencontros, a solidão e os quase-amores.

Palavras ditas da boca pra fora, abraços frouxos, amigos quase inexistentes, sorrisos amarelos e eternas caras de segunda-feira.
Metades de almas - a maioria vazias, que não completam vida nenhuma.
Eternos "quem-sabe-amanhã-eu-mude, "talvez-eu-diga-a-verdade-na-proxima-vez-que-nos-vermos" e o pior, mas mais falado de todos; "eu-não-o-amo-mas-é-confortável-para-mim-como-está".
Uma fila de "não-seis" que dobra todas as esquinas da cidade.
Pessoas com os olhos brilhando, achando tudo isso falsamente lindo demais para ser verdade.
São as más verdades do século se revelando: os desencontros, a solidão e os quase-amores.