terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ficción


- E teu coração, vazio como sempre?
Pensei em dizer que sim, mas meu coração não estava mais vazio. Decidi responder a verdade, sem muitos rodeios.
- Ele anda mais cheio do que o normal. - E continuei - Cheio de ar, de tristeza e de solidão.
- Já te disse mil vezes que ele tá assim porque tu queres assim!
- E eu já te respondi mil vezes que eu não quero o teu amor! - Gritei.
- Eu preciso saber o que se passa na tua cabeça! - Disse ele, mais brabo do que o normal.
- Vou te contar, - Eu disse, com toda a calma que restava em mim. - Hoje, dia 6 de Setembro, eu penso em mil coisas. Penso que eu tive feriado da escola, e não aproveitei para sair, beber, fazer sexo sem amor e tudo mais, como todo o resto do mundo fez. É o dia que eu estou me sentindo mais sozinha desde o início do ano. Amanhã vai ter desfile do dia 7 de Setembro. Vai tá todo mundo por ai, feliz. E eu vou continuar aqui, quietinha no meu canto. Longe de tudo que faz bem pra todo mundo. Menos pra mim.
Acho que estou ficando louca. - Terminei, em um tom tristonha.
- E eu te amo. - Disse ele, da forma mais linda que alguém já havia me falado. - E repetiu
- Eu te amo, minha louca!
Eu ri, e falei da forma mais doce que consegui. - Quem sabe hoje, mas só hoje, eu aceite esse teu amor.
Ele, sorrindo da forma mais apaixonante que eu já havia visto, falou - Eu seria o homem mais feliz de toda essa galáxia. - Depois disso, ele me abraçou, me levantou, me pegou no colo e me beijou.

Hoje eu posso dizer que sou a mulher mais feliz de toda essa galáxia, por ter aceitado aquele amor doido, mas o mais sincero que já vi.

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