quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

No puedo decir mirando a ti


- Gosto, gosto mesmo. Gosto muito de ti. Até demais. E tenho medo.

(Eu falo assim, tão diretamente, porque sou sincera demais. Me desculpe, não consigo esconder.
Não espero perguntas. Não espero respostas. Não espero. Não.
Melhor assim. Fingir que não espero nada de ti.
Pena que é só fingir.)

- Tu gostas de mim?

(Gosto, muito. É quase amor. É, aquele amor dos filmes mesmo.
Teus olhos são tudo que eu quero ver, quando acordar de manhã nos próximos meses, quem sabe até anos. Teus abraços são o que eu quero sentir quando amanhecer, ao escurecer, e em todas as outras horas do dia. Tua voz é a melodia que eu quero ouvir, contando casos, aquelas besteiras de sempre, e me fazendo rir. Quero segurar a tua mão, e me sentir a mulher mais sortuda do mundo por te ter ao meu lado. Quero ver pôr-do-sois contigo, amanheceres, anoiteceres. Viajar contigo, pra longe, perto, pouco me importa.
Não quero sentir medo, quero que tu afastes todos eles de mim. Quero ser mais segura estando contigo, e mais feliz também.
No inverno, quero que tu sejas a única coisa a me esquentar. E no verão, a única coisa que fique colada ao meu corpo.
Quero ficar um dia sem te ver, e sentir saudade de te olhar. Te olhar dormir, te olhar rir, acordar, falar. Te olhar, só.
Tenho quase absoluta certeza que é isso mesmo que eu quero. Te quero. Pra mim.
Só.)

- É, gosto da tua companhia.

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